Sacramentos


O HOMEM CRISTÃO

BAPTISMO

Pelo Baptismo somos «enxertados» em Cristo, passamos com Ele da morte para a vida e entramos na comunidade da salvação, tornando-nos membros do Povo de Deus. O baptizado é convidado para a mesa da família cristã, a Eucaristia, e assume a sua quota-parte de responsabilidade pela redenção do mundo, associando-se na Missa ao sacrifício do Senhor na cruz. Toda a riqueza da Igreja (Palavra de Deus, sacramentos, etc.) está ao seu alcance.

Os pais têm o dever grave de pedir o Baptismo para os filhos. Devem fazê-lo (mesmo antes do nascimento da criança) a tempo de o pároco poder orientá-los para a preparação religiosa, hoje não só recomendada mas exigida. A Fé faz parte do compromisso baptismal.

Os pais são os primeiros responsáveis pela educação cristã dos filhos, sendo ajudados ou substituídos, quando necessário, pelos padrinhos (um padrinho e/ou uma madrinha). Estes deverão ser católicos, idóneos e com a iniciação cristã completa (Baptismo, Primeira Comunhão e Confirmação).

«A família está no primeiro plano enquanto mãe e fonte da educação: nela, os filhos, rodeados de amor, descobrem mais facilmente a recta ordem das coisas» (Gaudium et Spes, n.° 61).

EDUCAÇÃO CRISTÃ

A educação cristã é a consequência lógica do compromisso assumido pelos pais no matrimónio e no baptismo dos filhos.«Precedidos pelo exemplo e oração familiar dos pais, os filhos, e ainda todos os que vivem no círculo doméstico, encontrarão com mais facilidade o caminho de uma existência verdadeiramente humana, da salvação e da santidade (Gaudium et Spes, n.° 48).

A criança deve ser iniciada na vida cristã desde a mais tenra idade, não só aprendendo a rezar e a respeitar os valores do Evangelho, mas também familiarizando-se com as verdades principais da Fé, que aprenderá dos pais, da comunidade e da frequência assídua da catequese.

PRIMEIRA COMUNHÃO

Cristo é o Pão da vida que deve alimentar o homem e ajudá-lo a crescer na fé e na santidade. A primeira Comunhão será feita logo que a criança possa, de algum modo e à sua maneira, apreender a grandeza deste Mistério.

CONFIRMAÇÃO

A Confirmação, sacramento do dom mais abundante do Espírito Santo, deve receber-se após o uso da razão, na primeira oportunidade. A iniciação cristã exige necessariamente os três sacramentos (Baptismo, Confirmação e Eucaristia).

Os pais têm a importante e delicadíssima missão de ajudar os filhos a atingirem o estado adulto como homens e cristãos, desenvolvendo neles, não só as virtudes morais, mas ainda uma verdadeira vivência de fé, de esperança e de amor, que transforme em oração a vida toda.

MATRIMÓNIO

O próprio Deus é o autor do Matrimónio, que sábia e amorosamente ordenou à propagação do género humano e à educação dos filhos. Comunidade íntima de vida e de amor, a família nasceu das mãos do Criador, quando este quis que homem e mulher «já não fossem dois mas uma só carne» (Mt. 29, 6).

O amor fecundo, tornado estável e irrevogável pelo consentimento mútuo, exige dos esposos fidelidade, interajuda, doação incondicionada, que promovam a sua valorização pessoal e os conduzam a uma união que dure a vida inteira.

«Cristo Senhor abençoou copiosamente este amor..., nascido da fonte divina da caridade e constituído à imagem da sua própria união com a Igreja. E assim como outrora Deus veio ao mundo, ao encontro do seu povo, com uma aliança de amor e fidelidade, assim agora o salvador dos homens e esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do Matrimónio. E permanece com eles, para que, assim como Ele amou a Igreja e se entregou a ela, de igual modo os cônjuges, dando-se um ao outro, se amem com perpétua fidelidade. O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino e dirigido e enriquecido pela força redentora de Cristo e pela acção salvadora da Igreja, para que, assim, os esposos caminhem eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de pai e mãe» (Gaudium et Spes, n. 48)

VIDA CRISTÃ

O cristão deve exprimir a Deus pela oração de todos os dias e pela esperança jubilosa posta na sua vida concreta, a adoração, o amor, a confiança e o arrependimento. A missa dominical (e a dos restantes dias de preceito) é obrigação indeclinável para aquele que acredita em Cristo e quer viver segundo o Evangelho.

A Eucaristia une-o ao Mistério da Salvação realizado na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, abre-o aos irmãos para que, em conjunto, vivam unidos pela caridade fraterna, sejam verdadeiras testemunhas de Cristo e aceitem a parte de responsabilidade que lhes cabe na construção do Mundo e edificação da igreja. Não esqueçamos o que Jesus nos disse: «Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. A Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue é verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele» (João 6, 54-56).

Pelo sacramento da Penitência o Senhor manifesta-nos sumamente o seu coração de Pai, perdoando-nos os pecados. Por ele também chegamos a um conhecimento muito eficaz das nossas más tendências e, se efectivamente colaborarmos com a acção divina, achamos para elas remédio adequado.

A Unção dos Enfermos é o encontro com Cristo daquele que se sente provado na saúde e quer unir o seu sofrimento ao d'Ele. Por este sacramento o Senhor concede a santificação da alma e, além disso, a cura da própria enfermidade, nos casos em que o restabelecimento da saúde faz parte do plano da realização natural e sobrenatural do enfermo, querida por Deus.

O enfermo pedirá para si, logo que possível, a santa Unção. Igualmente, todos os cristãos ajudarão os outros a pedi-la, quando estes ainda possuírem a plena lucidez das suas faculdades.

O trabalho, a vida familiar, as alegrias e os sofrimentos são autenticamente santificadores, sempre que o baptizado saiba pôr em acção o sacerdócio espiritual que o une a Jesus Cristo.


ACONSELHA-SE A LEITURA DE:

Bíblia - S. João, 3; S. Mateus, 28, 16-20 ou S. Marcos, 16, 14-18; Epístola aos Romanos, 5 e 6, Actos dos Apóstolos, 2 e 8; Epístola aos Efésios, 5; 1ª Epístola aos Coríntios, 7.

Documentos Conciliares do Vaticano
II
- Constituição Dogmática «Lumen Gentium», especialmente os nº 11, 34, 35, 39 e 41; Constituição Pastoral «Gaudium et Spes», especialmente os nº 47 a 52.

Código Direito Canónico - Baptismo, cânones 849 a 878; Confirmação, cânones 879 a 896; Eucaristia, cânones 897 a 933; Matrimónio, cânones 1055 a 1165.